domingo, 20 de janeiro de 2013

Gravura


Gravura é o termo que designa, em geral, desenhos feitos em superfícies duras - como madeira, pedra e metal - com base em incisões, corrosões e talhos realizados com instrumentos e materiais especiais. Ao contrário do desenho, os procedimentos técnicos empregados na gravura permitem a reprodução da imagem. Nessa medida, uma gravura é considerada original quando resultado direto da matriz criada pelo artista, que com essa base imprime a imagem em exemplares iguais, numerados e assinados. Em função da técnica e do material empregados, a gravura recebe uma nomenclatura específica: litografia, gravura em metal, xilogravura,  linoleogravura, serigrafia etc.


Linoleogravura

Esta técnica assemelha-se ao entalhe da Xilogravura (gravura em madeira), no entanto, ao invés de madeira, a matriz é de material sintético - placas de borracha, chamadas "linóleo".
A placa de linóleo receberá a tinta que ficará nas partes em alto relevo, e sobre pressão será transferida para o papel.
Esta técnica é mais recente do que a Xilogravura devido ao material de sua matriz, e foi muito utilizada pelos artistas modernos, como Picasso por exemplo.



Elaboração dos desenhos

Experimentação das goivas na placa de linóleo

Escavação do desenho na placa definitiva


Tintagem

 Impressões








Testes




Xilogravura


A xilogravura é a técnica mais antiga para produzir gravuras, e seus princípios são muito simples. O artista retira de uma superfície plana (madeira) as partes que ele não quer que tenham cor na gravura. Após aplicar tinta na superfície, coloca um papel sobre a mesma. Ao aplicar pressão (com uma prensa) sobre essa folha a imagem é transferida para o papel.

Prensa

Experimentação das goivas

Escavação do desenho definitivo








Impressões finais


\












Gravura realizada a partir de uma matriz de um pacote de leite






Gravura em metal- ÁGUA-FORTE

Água-forte é uma modalidade de gravura que é feita usando uma matriz, normalmente de ferrro, zinco, cobrealumínio ou latão.
O termo usado foi até o século XVII para designar o ácido nítrico diluído em água. Por ser usado num dos processos da calcografia, em que a imagem obtida na impressão é fixada sobre uma chapa metálica, após a corrosão dos traços do artista pelo ácido nítrico, o termo passou a designar, além do processo, a matriz usada para a impressão da gravura e a própria gravura, já concluída.

O processo se dá a partir do revestimento da chapa - que pode ser de ferro, cobre, alumínio, zinco ou latão - com um verniz de proteção, seguido da incisão do desenho que se deseja obter, com estilete ou outra ferramenta de ponta metálica.  Dessa forma, o desenho aparece onde o verniz foi retirado, sem arranhar o metal, permitindo a ação do ácido, que forma os sulcos em que a tinta será colocada. O tempo do mergulho no ácido pode definir tonalidades diferentes e o processo pode ser repetido inúmeras vezes.
O método da água-forte pode ser combinado com outros processos de gravura, em particular a ponta seca, mas difere de todos os outros por ser o único em que a gravação é totalmente feita pela ação dos ácidos.


Preparação da chapa

Placa de latão com verniz de proteção




Placa mergulhada em ácido




 Impressões finais